O JPMorgan Chase se prepara para intensificar sua atuação no setor financeiro baseado em blockchain, segundo uma reportagem do Wall Street Journal publicada na segunda-feira. O banco prepara o lançamento de um fundo tokenizado na Ethereum, ampliando presença institucional em ativos digitais.
Embora o banco ainda não tenha anunciado oficialmente o produto, o relatório indica que o projeto avança para um estágio final. A iniciativa surge em um momento em que grandes investidores buscam formas mais eficientes de aplicar capital ocioso, sem abrir mão da conformidade regulatória e da previsibilidade típica de instrumentos tradicionais.
Com cerca de US$ 4 trilhões em ativos sob gestão, o JPMorgan demonstra que a tokenização deixou de ser um experimento isolado. O banco passa a tratar a infraestrutura blockchain como parte relevante da estratégia de gestão de caixa em escala global.
O fundo, chamado de My OnChain Net Yield Fund (MONY), recebeu um aporte inicial de US$ 100 milhões da divisão de gestão de ativos do próprio banco, de acordo com o Wall Street Journal.
Segundo a reportagem, o MONY deve ser aberto a investidores externos qualificados ainda nesta semana, apesar da ausência de confirmação oficial. O investimento mínimo foi fixado em US$ 1 milhão, mantendo o foco exclusivo na participação institucional.
O fundo opera como um produto monetário convencional, mantém títulos de dívida de curto prazo e paga juros diariamente. A principal diferença está no registro das cotas, feito diretamente na blockchain, o que permite liquidação mais rápida e maior transparência.
Os investidores poderão resgatar suas posições tanto em dinheiro quanto por meio da stablecoin USDC, refletindo o uso crescente de stablecoins regulamentadas em processos de liquidação e gestão de liquidez institucional.
O JPMorgan construiu o fundo por meio da Kinexys Digital Assets, sua plataforma interna de tokenização, escolhendo o Ethereum como blockchain subjacente devido à sua maturidade e adoção no mercado financeiro.
Os planos do JPMorgan colocam o banco ao lado de outras grandes instituições que já avançaram no mercado de fundos monetários tokenizados. Além disso, em 2021, a Franklin Templeton lançou o fundo BENJI, tornando-se uma das primeiras gestoras tradicionais a usar infraestrutura blockchain.
Em 2024, a BlackRock seguiu o mesmo caminho com o fundo BUIDL, desenvolvido em parceria com a Securitize. Além disso, desde o lançamento, o produto atraiu cerca de US$ 2 bilhões em ativos, segundo dados da plataforma RWA.xyz.
Ainda mais, esses fundos funcionam como uma ponte entre os mercados tradicionais e a infraestrutura blockchain, oferecendo baixo risco, liquidez elevada e ganhos operacionais relevantes para gestores e tesourarias.
Com o MONY, o JPMorgan reforça que a tokenização de ativos reais avança rapidamente e deixa de ser tendência para se tornar parte estrutural do sistema financeiro global.
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