A Enel Distribuição São Paulo afirmou que pretende normalizar o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados pelo vendaval que atingiu o Estado até o fim de domingo (14.dez.2025). A declaração foi divulgada depois de Justiça de São Paulo determinar na 6ª feira (12.dez) que a Enel restabeleça a energia a todos os clientes em sua área de concessão no prazo máximo de 12 horas, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora.
A decisão judicial também estabelece prazos menores, de até 4 horas, para locais considerados essenciais, como hospitais, serviços de saúde, eletrodependentes, sistemas de abastecimento de água, escolas e unidades de segurança pública.
No último balanço divulgado pela Enel às 8h04 deste sábado (13.dez), 498.135 imóveis ainda estavam sem energia elétrica. A maioria dos consumidores afetados se concentrava na capital paulista, com 365.428 unidades, seguida por Embu (15.954) e São Bernardo do Campo (14.625). No auge do apagão, mais de 2,2 milhões de imóveis tiveram o fornecimento interrompido.
Segundo a concessionária, o evento climático registrado de 4ª feira (10.dez) a 5ª feira (11.dez) foi o mais prolongado desde o início das medições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em 2006. As rajadas de vento chegaram a 82,8 km/h e, pela 1ª vez, a estação meteorológica do Mirante de Santana registrou uma sequência contínua de ventos superiores a 70 km/h na cidade de São Paulo.
A Enel disse que as condições adversas dificultaram os trabalhos de restabelecimento, já que novas interrupções ocorriam enquanto as equipes atuavam na rede.
Desde a manhã de 4ª feira, a distribuidora declarou ter mobilizado um número recorde de profissionais, com quase 1.800 equipes em campo ao longo da 5ª feira. Com o uso de sistemas de automação e a atuação das equipes, a empresa afirma ter restabelecido o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes atingidos pelo vendaval.
A interrupção ocorreu depois da passagem de um ciclone extratropical que provocou ventos fortes, queda de árvores e danos à rede de distribuição, afetando serviços essenciais e a rotina da população. Na decisão, a juíza Gisele Valle Monteiro da Rocha afirmou que a interrupção prolongada do serviço evidencia “grave falha estrutural” da concessionária e criticou a ausência de um plano de contingência eficaz.
Em nota enviada ao Poder360 neste sábado, a Enel declarou que não havia sido intimada da decisão judicial e reiterou que segue trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia aos consumidores afetados pelo evento climático.
Eis a íntegra da nota:
“O vendaval que atingiu a área de concessão da Enel Distribuição São Paulo, entre a manhã de quarta-feira (10) até quinta-feira (11), foi o mais prolongado já registrado na região. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as rajadas atingiram um pico de 82,8 km/h e, desde o início das medições em 2006, é a primeira vez que a estação meteorológica Mirante de Santana registra uma sequência tão prolongada de ventos superiores a 70 km/h na cidade de São Paulo.
“As condições meteorológicas adversas impactaram significativamente as operações de restabelecimento, pois as rajadas contínuas causaram novas interrupções enquanto as equipes trabalhavam para religar os clientes.
“Desde a manhã de quarta-feira, a Enel mobilizou um número recorde de equipes em campo, chegando a quase 1.800 times ao longo do dia de quinta-feira. Com as conexões e religamentos realizados até agora, a empresa conseguiu restabelecer o serviço para cerca de 3,1 milhões de clientes afetados pelo vendaval, utilizando sistemas de automação e com o trabalho intensivo das equipes em campo.
“A distribuidora está trabalhando para restabelecer o serviço e normalizar o fornecimento aos consumidores atingidos pelo evento meteorológico dos dias 10 e 11 de dezembro até o fim do dia de amanhã.
“A Enel Distribuição São Paulo não foi intimada da decisão e segue trabalhando de maneira ininterrupta para restabelecer o fornecimento de energia ao restante da população que foi afetada pelo evento climático.”


