Os Estados Unidos podem passar a exigir que visitantes de dezenas de países forneçam até cinco anos de histórico de atividades em redes sociais como condição para entrar no país. A medida foi proposta pela Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) e publicada no Registro Federal na última quarta-feira, segundo o Washington Post. A proposta afeta viajantes do Programa de Isenção de Visto (Visa Waiver Program), que permite a cidadãos de 41 países visitarem os Estados Unidos por até 90 dias consecutivos sem necessidade de visto. Entre as nações incluídas estão Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Israel, Japão, Coreia do Sul e Chile. O Brasil não faz parte do programa. Informações adicionais serão obrigatórias Além das redes sociais, os solicitantes precisariam fornecer dados pessoais complementares "quando viável", segundo a proposta. A lista inclui números de telefone usados nos últimos cinco anos, endereços de e-mail dos últimos dez anos, endereços IP e metadados de fotos enviadas eletronicamente, além de dados biométricos como reconhecimento facial, impressões digitais, DNA e íris. A proposta também exigiria informações sobre familiares dos solicitantes, incluindo nomes, números de telefone, datas de nascimento, locais de nascimento e endereços residenciais. Outra mudança prevista é a eliminação da opção de solicitar autorização pelo site do governo. Os pedidos passariam a ser feitos exclusivamente pelo aplicativo móvel ESTA. A CBP estima que mais de 14 milhões de pessoas por ano usarão o aplicativo após a implementação das mudanças. Potencial impacto sobre turismo e negócios Farshad Owji, ex-presidente da Associação Americana de Advogados de Imigração e sócio do escritório WR Immigration, afirmou ao Washington Post que a proposta pode "congelar viagens e a liberdade de expressão". "Basicamente, as pessoas vão se autocensurar e evitar vir aos Estados Unidos, e isso afeta turismo, negócios e a reputação global da América", disse Owji. O advogado acrescentou que a medida parece ter como objetivo avaliar o posicionamento político dos solicitantes. "Ter a cidadania de um país do programa não significa necessariamente que a pessoa tenha uma visão política alinhada com a do atual governo", afirmou. Requisitos semelhantes já foram aplicados a outras categorias de visto. Desde 2019, todos os solicitantes de vistos de imigrante e não-imigrante são obrigados a divulgar suas contas em redes sociais, uma mudança implementada durante o primeiro mandato de Donald Trump. A medida abrange cerca de 15 milhões de solicitantes anualmente, segundo análise do Centro Brennan para a Justiça. Em junho de 2025, o Departamento de Estado tornou obrigatório que candidatos a vistos de estudante mantenham suas contas de redes sociais públicas. O mesmo requisito entrará em vigor em breve para solicitantes de visto H-1B, voltado a trabalhadores altamente qualificados. Mais Lidas Os Estados Unidos podem passar a exigir que visitantes de dezenas de países forneçam até cinco anos de histórico de atividades em redes sociais como condição para entrar no país. A medida foi proposta pela Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) e publicada no Registro Federal na última quarta-feira, segundo o Washington Post. A proposta afeta viajantes do Programa de Isenção de Visto (Visa Waiver Program), que permite a cidadãos de 41 países visitarem os Estados Unidos por até 90 dias consecutivos sem necessidade de visto. Entre as nações incluídas estão Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Israel, Japão, Coreia do Sul e Chile. O Brasil não faz parte do programa. Informações adicionais serão obrigatórias Além das redes sociais, os solicitantes precisariam fornecer dados pessoais complementares "quando viável", segundo a proposta. A lista inclui números de telefone usados nos últimos cinco anos, endereços de e-mail dos últimos dez anos, endereços IP e metadados de fotos enviadas eletronicamente, além de dados biométricos como reconhecimento facial, impressões digitais, DNA e íris. A proposta também exigiria informações sobre familiares dos solicitantes, incluindo nomes, números de telefone, datas de nascimento, locais de nascimento e endereços residenciais. Outra mudança prevista é a eliminação da opção de solicitar autorização pelo site do governo. Os pedidos passariam a ser feitos exclusivamente pelo aplicativo móvel ESTA. A CBP estima que mais de 14 milhões de pessoas por ano usarão o aplicativo após a implementação das mudanças. Potencial impacto sobre turismo e negócios Farshad Owji, ex-presidente da Associação Americana de Advogados de Imigração e sócio do escritório WR Immigration, afirmou ao Washington Post que a proposta pode "congelar viagens e a liberdade de expressão". "Basicamente, as pessoas vão se autocensurar e evitar vir aos Estados Unidos, e isso afeta turismo, negócios e a reputação global da América", disse Owji. O advogado acrescentou que a medida parece ter como objetivo avaliar o posicionamento político dos solicitantes. "Ter a cidadania de um país do programa não significa necessariamente que a pessoa tenha uma visão política alinhada com a do atual governo", afirmou. Requisitos semelhantes já foram aplicados a outras categorias de visto. Desde 2019, todos os solicitantes de vistos de imigrante e não-imigrante são obrigados a divulgar suas contas em redes sociais, uma mudança implementada durante o primeiro mandato de Donald Trump. A medida abrange cerca de 15 milhões de solicitantes anualmente, segundo análise do Centro Brennan para a Justiça. Em junho de 2025, o Departamento de Estado tornou obrigatório que candidatos a vistos de estudante mantenham suas contas de redes sociais públicas. O mesmo requisito entrará em vigor em breve para solicitantes de visto H-1B, voltado a trabalhadores altamente qualificados. Mais Lidas

EUA podem exigir cinco anos de histórico de redes sociais de visitantes

2025/12/10 22:15

Viajante no aeroporto de Washington: proposta pode afetar milhões de turistas e profissionais que visitam o país anualmente

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