Ruth Handler, empresária criadora da Barbie Originally published by the Los Angeles Times. Photographer unknown., CC BY 4.0 , via Wikimedia Commons Antes da Barbie se tornar um fenômeno global, vendendo mais de um bilhão de unidades e conquistando gerações, havia uma mulher com uma ideia considerada ousada para os anos 1950: Ruth Handler, cofundadora da Mattel e responsável por transformar a indústria de brinquedos. A inspiração veio de casa. Ruth observava sua filha, Barbara, brincar com bonecas de papel vestidas como adultas. Na época, as meninas tinham acesso apenas a bonecas em forma de bebê, brinquedos que, segundo ela, condicionam as meninas a imaginarem o papel da maternidade. Ela acreditava que uma boneca com aparência adulta poderia ajudar meninas a se projetarem no futuro: ser o que quisessem, não apenas mães. Foi assim que nasceu a ideia da Barbie, batizada em homenagem à filha. Fabricante da Barbie quer dar cérebro à boneca com ajuda do ChatGPT Aos 65 anos, Barbie é tão popular no planeta quanto a Coca-Cola, diz executiva que atualizou a boneca 'Barbie' leva cinemas italianos a melhor resultado desde 2011 A Mattel, porém, não se convenceu de imediato. Executivos duvidaram que mães comprariam para suas filhas uma boneca com seios. A proposta só ganhou força quando Handler encontrou, durante uma viagem à Europa em 1956, a boneca alemã Bild Lilli, baseada em uma personagem de quadrinhos adulta. Ela trouxe o exemplar para os designers da Mattel como prova de que o conceito era viável. Três anos depois, em 1959, Barbie estreava na Toy Fair de Nova York usando o famoso maiô listrado em preto e branco. O sucesso foi imediato. Em 1961, veio Ken, batizado em homenagem ao filho de Handler. A boneca evoluiu de ícone fashion para mulher multifacetada: já foi médica, astronauta e até candidata à presidência, sempre discutindo ideais de feminilidade e aspiração. Barbie lança coleção de carreiras dedicada às mulheres no esporte Divulgação Mattel Empresa de próteses mamárias Mas Ruth Handler também foi uma figura complexa. Em 1978, ela enfrentou acusações federais de fraude e manipulação de dados financeiros na Mattel. Ao mesmo tempo, teve uma segunda carreira marcante após enfrentar um câncer de mama. Incomodada com a ausência de próteses realistas para mulheres mastectomizadas, fundou a empresa Nearly Me, dedicada a desenvolver e ajustar próteses personalizadas, um trabalho que ajudou milhares de mulheres, incluindo a primeira-dama Betty Ford. Handler costumava dizer, com ironia, que viveu “de peito em peito”: dos seios da Barbie às próteses que criou após sua mastectomia. A história da criadora ganhou novo destaque com o filme Barbie, de Greta Gerwig. Na produção, Ruth aparece como uma espécie de figura divina que orienta a personagem-título em momentos de crise existencial. A diretora se inspirou na relação entre Ruth e sua filha para transformar a narrativa da boneca em uma reflexão sobre maternidade, criação e identidade. No filme, Ruth, interpretada por Rhea Perlman, é apresentada como a “deusa” de Barbie Land, a mulher que deu vida a uma boneca criada para ser aspiracional, mas que acabou se tornando um símbolo cultural complexo. Ao deixar Barbie Land rumo ao mundo real, a personagem criada por Handler completa o arco imaginado pela própria inventora: uma boneca adulta capaz de escolher seu próprio futuro. Mais Lidas Ruth Handler, empresária criadora da Barbie Originally published by the Los Angeles Times. Photographer unknown., CC BY 4.0 , via Wikimedia Commons Antes da Barbie se tornar um fenômeno global, vendendo mais de um bilhão de unidades e conquistando gerações, havia uma mulher com uma ideia considerada ousada para os anos 1950: Ruth Handler, cofundadora da Mattel e responsável por transformar a indústria de brinquedos. A inspiração veio de casa. Ruth observava sua filha, Barbara, brincar com bonecas de papel vestidas como adultas. Na época, as meninas tinham acesso apenas a bonecas em forma de bebê, brinquedos que, segundo ela, condicionam as meninas a imaginarem o papel da maternidade. Ela acreditava que uma boneca com aparência adulta poderia ajudar meninas a se projetarem no futuro: ser o que quisessem, não apenas mães. Foi assim que nasceu a ideia da Barbie, batizada em homenagem à filha. Fabricante da Barbie quer dar cérebro à boneca com ajuda do ChatGPT Aos 65 anos, Barbie é tão popular no planeta quanto a Coca-Cola, diz executiva que atualizou a boneca 'Barbie' leva cinemas italianos a melhor resultado desde 2011 A Mattel, porém, não se convenceu de imediato. Executivos duvidaram que mães comprariam para suas filhas uma boneca com seios. A proposta só ganhou força quando Handler encontrou, durante uma viagem à Europa em 1956, a boneca alemã Bild Lilli, baseada em uma personagem de quadrinhos adulta. Ela trouxe o exemplar para os designers da Mattel como prova de que o conceito era viável. Três anos depois, em 1959, Barbie estreava na Toy Fair de Nova York usando o famoso maiô listrado em preto e branco. O sucesso foi imediato. Em 1961, veio Ken, batizado em homenagem ao filho de Handler. A boneca evoluiu de ícone fashion para mulher multifacetada: já foi médica, astronauta e até candidata à presidência, sempre discutindo ideais de feminilidade e aspiração. Barbie lança coleção de carreiras dedicada às mulheres no esporte Divulgação Mattel Empresa de próteses mamárias Mas Ruth Handler também foi uma figura complexa. Em 1978, ela enfrentou acusações federais de fraude e manipulação de dados financeiros na Mattel. Ao mesmo tempo, teve uma segunda carreira marcante após enfrentar um câncer de mama. Incomodada com a ausência de próteses realistas para mulheres mastectomizadas, fundou a empresa Nearly Me, dedicada a desenvolver e ajustar próteses personalizadas, um trabalho que ajudou milhares de mulheres, incluindo a primeira-dama Betty Ford. Handler costumava dizer, com ironia, que viveu “de peito em peito”: dos seios da Barbie às próteses que criou após sua mastectomia. A história da criadora ganhou novo destaque com o filme Barbie, de Greta Gerwig. Na produção, Ruth aparece como uma espécie de figura divina que orienta a personagem-título em momentos de crise existencial. A diretora se inspirou na relação entre Ruth e sua filha para transformar a narrativa da boneca em uma reflexão sobre maternidade, criação e identidade. No filme, Ruth, interpretada por Rhea Perlman, é apresentada como a “deusa” de Barbie Land, a mulher que deu vida a uma boneca criada para ser aspiracional, mas que acabou se tornando um símbolo cultural complexo. Ao deixar Barbie Land rumo ao mundo real, a personagem criada por Handler completa o arco imaginado pela própria inventora: uma boneca adulta capaz de escolher seu próprio futuro. Mais Lidas

Ruth Handler, empresária criadora da Barbie — Foto: Originally published by the Los Angeles Times. Photographer unknown., CC BY 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by/4.0>, via Wikimedia Commons
Antes da Barbie se tornar um fenômeno global, vendendo mais de um bilhão de unidades e conquistando gerações, havia uma mulher com uma ideia considerada ousada para os anos 1950: Ruth Handler, cofundadora da Mattel e responsável por transformar a indústria de brinquedos.
A inspiração veio de casa. Ruth observava sua filha, Barbara, brincar com bonecas de papel vestidas como adultas. Na época, as meninas tinham acesso apenas a bonecas em forma de bebê, brinquedos que, segundo ela, condicionam as meninas a imaginarem o papel da maternidade.
Ela acreditava que uma boneca com aparência adulta poderia ajudar meninas a se projetarem no futuro: ser o que quisessem, não apenas mães. Foi assim que nasceu a ideia da Barbie, batizada em homenagem à filha.
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- Fabricante da Barbie quer dar cérebro à boneca com ajuda do ChatGPT
- Aos 65 anos, Barbie é tão popular no planeta quanto a Coca-Cola, diz executiva que atualizou a boneca
- 'Barbie' leva cinemas italianos a melhor resultado desde 2011
A Mattel, porém, não se convenceu de imediato. Executivos duvidaram que mães comprariam para suas filhas uma boneca com seios. A proposta só ganhou força quando Handler encontrou, durante uma viagem à Europa em 1956, a boneca alemã Bild Lilli, baseada em uma personagem de quadrinhos adulta. Ela trouxe o exemplar para os designers da Mattel como prova de que o conceito era viável.
Três anos depois, em 1959, Barbie estreava na Toy Fair de Nova York usando o famoso maiô listrado em preto e branco. O sucesso foi imediato. Em 1961, veio Ken, batizado em homenagem ao filho de Handler. A boneca evoluiu de ícone fashion para mulher multifacetada: já foi médica, astronauta e até candidata à presidência, sempre discutindo ideais de feminilidade e aspiração.

Barbie lança coleção de carreiras dedicada às mulheres no esporte — Foto: Divulgação Mattel
Empresa de próteses mamárias
Mas Ruth Handler também foi uma figura complexa. Em 1978, ela enfrentou acusações federais de fraude e manipulação de dados financeiros na Mattel. Ao mesmo tempo, teve uma segunda carreira marcante após enfrentar um câncer de mama. Incomodada com a ausência de próteses realistas para mulheres mastectomizadas, fundou a empresa Nearly Me, dedicada a desenvolver e ajustar próteses personalizadas, um trabalho que ajudou milhares de mulheres, incluindo a primeira-dama Betty Ford.
Handler costumava dizer, com ironia, que viveu “de peito em peito”: dos seios da Barbie às próteses que criou após sua mastectomia.
A história da criadora ganhou novo destaque com o filme Barbie, de Greta Gerwig. Na produção, Ruth aparece como uma espécie de figura divina que orienta a personagem-título em momentos de crise existencial.
A diretora se inspirou na relação entre Ruth e sua filha para transformar a narrativa da boneca em uma reflexão sobre maternidade, criação e identidade. No filme, Ruth, interpretada por Rhea Perlman, é apresentada como a “deusa” de Barbie Land, a mulher que deu vida a uma boneca criada para ser aspiracional, mas que acabou se tornando um símbolo cultural complexo.
Ao deixar Barbie Land rumo ao mundo real, a personagem criada por Handler completa o arco imaginado pela própria inventora: uma boneca adulta capaz de escolher seu próprio futuro.
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Tablets: como esse dispositivo mudou a forma de consumir entretenimento, estudar e trabalharIsenção de responsabilidade: Os artigos republicados neste site são provenientes de plataformas públicas e são fornecidos apenas para fins informativos. Eles não refletem necessariamente a opinião da MEXC. Todos os direitos permanecem com os autores originais. Se você acredita que algum conteúdo infringe direitos de terceiros, entre em contato pelo e-mail service@support.mexc.com para solicitar a remoção. A MEXC não oferece garantias quanto à precisão, integridade ou atualidade das informações e não se responsabiliza por quaisquer ações tomadas com base no conteúdo fornecido. O conteúdo não constitui aconselhamento financeiro, jurídico ou profissional, nem deve ser considerado uma recomendação ou endosso por parte da MEXC.