A Warner Music Group anunciou um acordo de licenciamento com a plataforma de inteligência artificial Suno, conhecida por gerar músicas a partir de comandos de texto, marcando uma reviravolta significativa após ter processado a empresa por suposta violação em massa de direitos autorais em 2024. O anúncio torna a Warner a primeira das grandes gravadoras a estabelecer uma parceria oficial com a startup tecnológica. O acordo permite que os usuários do Suno criem músicas com vozes, nomes e estilos de artistas representados pela Warner, como Coldplay, Ed Sheeran e Charli XCX, desde que esses artistas optem por participar da plataforma, informa o The Guardian. Segundo o CEO da Warner, Robert Kyncl, a iniciativa representa uma oportunidade de usar a inteligência artificial de forma “pro-artista”, ao licenciar o conteúdo de forma que reflita seu valor real. Disputa e reconciliação A parceria surge pouco mais de um ano após Warner, Universal Music e Sony Music processarem as plataformas Suno e Udio por utilizarem trechos de músicas protegidas por copyright para treinar seus algoritmos. As gravadoras acusaram as empresas de “roubar” músicas para gerar, sem autorização, milhões de faixas com inteligência artificial. Enquanto a Warner e a Universal chegaram a acordos com a Udio, a Universal segue litigando contra a Suno, e a Sony mantém processos contra ambas as empresas. A Warner foi a primeira a transformar essa disputa judicial em colaboração, buscando moldar um modelo de negócio que integre IA generativa e direitos autorais. O contrato com o Suno também inclui restrições ao uso da plataforma: apenas assinantes pagos poderão baixar as músicas criadas, com limite de downloads e aumento no custo para usuários premium. Essas mudanças pretendem conter a proliferação descontrolada de músicas geradas por IA nas plataformas de streaming. Reestruturação e novos produtos Como parte do acordo, o Suno anunciou o desenvolvimento de modelos mais avançados e licenciados para serem lançados em 2026. Os modelos atuais serão descontinuados gradualmente. A plataforma também planeja implementar limites de uso e reforçar o controle sobre os conteúdos baixados por usuários. A intenção é reduzir a disseminação de músicas não licenciadas e promover maior valorização dos artistas e compositores envolvidos. Além disso, a Suno adquiriu a Songkick, plataforma de descoberta de shows e eventos ao vivo, em um movimento que indica a expansão da atuação da empresa para o setor de entretenimento ao vivo, embora os detalhes financeiros da transação não tenham sido revelados. O acordo entre Warner e Suno ocorre em meio a uma discussão crescente no Reino Unido e em outros países sobre a regulamentação do uso de obras protegidas para o treinamento de modelos de inteligência artificial. Inicialmente, o governo britânico indicava que poderia liberar o uso desses materiais sem necessidade de permissão, o que gerou protestos de artistas e representantes do setor criativo. A ministra de tecnologia, Liz Kendall, afirmou recentemente que pretende "reiniciar" esse debate e sinalizou apoio à exigência de licenciamento para utilização de conteúdos protegidos. Mais Lidas A Warner Music Group anunciou um acordo de licenciamento com a plataforma de inteligência artificial Suno, conhecida por gerar músicas a partir de comandos de texto, marcando uma reviravolta significativa após ter processado a empresa por suposta violação em massa de direitos autorais em 2024. O anúncio torna a Warner a primeira das grandes gravadoras a estabelecer uma parceria oficial com a startup tecnológica. O acordo permite que os usuários do Suno criem músicas com vozes, nomes e estilos de artistas representados pela Warner, como Coldplay, Ed Sheeran e Charli XCX, desde que esses artistas optem por participar da plataforma, informa o The Guardian. Segundo o CEO da Warner, Robert Kyncl, a iniciativa representa uma oportunidade de usar a inteligência artificial de forma “pro-artista”, ao licenciar o conteúdo de forma que reflita seu valor real. Disputa e reconciliação A parceria surge pouco mais de um ano após Warner, Universal Music e Sony Music processarem as plataformas Suno e Udio por utilizarem trechos de músicas protegidas por copyright para treinar seus algoritmos. As gravadoras acusaram as empresas de “roubar” músicas para gerar, sem autorização, milhões de faixas com inteligência artificial. Enquanto a Warner e a Universal chegaram a acordos com a Udio, a Universal segue litigando contra a Suno, e a Sony mantém processos contra ambas as empresas. A Warner foi a primeira a transformar essa disputa judicial em colaboração, buscando moldar um modelo de negócio que integre IA generativa e direitos autorais. O contrato com o Suno também inclui restrições ao uso da plataforma: apenas assinantes pagos poderão baixar as músicas criadas, com limite de downloads e aumento no custo para usuários premium. Essas mudanças pretendem conter a proliferação descontrolada de músicas geradas por IA nas plataformas de streaming. Reestruturação e novos produtos Como parte do acordo, o Suno anunciou o desenvolvimento de modelos mais avançados e licenciados para serem lançados em 2026. Os modelos atuais serão descontinuados gradualmente. A plataforma também planeja implementar limites de uso e reforçar o controle sobre os conteúdos baixados por usuários. A intenção é reduzir a disseminação de músicas não licenciadas e promover maior valorização dos artistas e compositores envolvidos. Além disso, a Suno adquiriu a Songkick, plataforma de descoberta de shows e eventos ao vivo, em um movimento que indica a expansão da atuação da empresa para o setor de entretenimento ao vivo, embora os detalhes financeiros da transação não tenham sido revelados. O acordo entre Warner e Suno ocorre em meio a uma discussão crescente no Reino Unido e em outros países sobre a regulamentação do uso de obras protegidas para o treinamento de modelos de inteligência artificial. Inicialmente, o governo britânico indicava que poderia liberar o uso desses materiais sem necessidade de permissão, o que gerou protestos de artistas e representantes do setor criativo. A ministra de tecnologia, Liz Kendall, afirmou recentemente que pretende "reiniciar" esse debate e sinalizou apoio à exigência de licenciamento para utilização de conteúdos protegidos. Mais Lidas

Após disputa judicial, Warner autoriza plataforma de IA a gerar músicas com base no seu catálogo de artistas

2025/11/26 20:51

A gravadora Warner Music agora permite o uso da imagem e voz de artistas, como o Coldplay, em criações com IA por meio da Suno.

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